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Foto: Renan Mattos (Diário)
O estudo iniciado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para monitorar os impactos do incêndio no Cerro da Igreja, em Agudo, aponta que 105 hectares foram queimados (o equivalente a 97 campos de futebol). Desses, 98 hectares, o que representa 93,3% da área atingida, é de mata nativa. A queimada durou três dias e aconteceu no final de abril.
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Inicialmente, as autoridades haviam estimado que a área afetada poderia chegar a 200 hectares. Mas, a medição feita com um drone pela empresa Santa Maria Consultoria Florestal chegou ao número exato.
- Felizmente, a área atingida ficou abaixo da estimativa inicial. Mas, ainda assim, é muito grande, principalmente se considerarmos a floresta nativa. Não me recordo e acredito que não tenha acontecido antes um incêndio de tamanha proporção na nossa região - afirma o pesquisador Mauro Schumacher.
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Foto: Santa Maria Consultoria Florestal (Divulgação)
Imagens aéreas mostram a diferença entre a vegetação atingida e parte não queimada
Além dos 98 hectares de vegetação nativa, também foram queimados 4 hectares de lavouras e 3 hectares de floresta de Eucaliptos.
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- Foi possível classificar o incêndio como sendo de classe 4, que compreende os incêndios que afetam áreas de 40 a 200 hectares - destaca Schumacher.
A pesquisa segue para tentar entender como essa queimada vai impactar no desenvolvimento do ecossistema a partir de agora. Na próxima semana, o grupo deve voltar ao local para coletar novos materiais. Mais uma professora da UFSM deve acompanhar os pesquisadores para iniciar um estudo paralelo sobre os impactos do incêndio para as aves que vivem na mata.
A PESQUISA
Na última segunda-feira, Schumacher e alunos instalaram na mata as chamadas parcelas, que são áreas delimitadas por fitas que servirão como uma espécie de amostra para o estudo. Ao todo, são cinco de 600 m² cada. Dentro dessas parcelas, foram realizadas coletas de solo e material orgânico, que são comparadas a coletas feitas em áreas não queimadas, para que seja possível quantificar o que foi perdido.
Além disso, todas as árvores que ficam dentro do perímetro delimitado pelas parcelas são medidas e analisadas para ver o quanto foram danificadas. A partir desses dados por amostragem, será feito um cálculo com o total de hectares atingidos para se poder chegar na quantidade aproximada de perdas ocasionadas pelo incêndio.
A área delimitada para o estudo vai ser monitorada constantemente. A ideia é voltar até esse mesmos locais periodicamente para ver qual a capacidade de recuperação da vegetação. O estudo pode levar até cinco anos.
*Colaborou Janaína Wille